Estrabismo: causas, tipos, diagnósticos e tratamentos

Quem é estrábico sabe o quão chato e difícil de lidar a condição pode ser. Principalmente na infância. É comum encontrar quem sofra de estrabismo e já tenha sido alvo de gozações por isto. A doença, que causa a falta de paralelismo ao olhar para algo, tem seu nome vindo do grego. Strabismós significa “olhar vesgo”. Mas, assim como a maioria das coisas, ela possui uma solução.

Neste artigo iremos falar sobre o que é, quais os tipos, causas, sintomas e tratamentos do estrabismo.

O que é o estrabismo?

O estrabismo é o desalinhamento dos olhos. Os músculos que movem os globos oculares não trabalham em sintonia. A doença, geralmente, é detectada ainda na infância. Até os quatro meses de idade, é comum que os olhos da criança fiquem desalinhados, vez em quando. Afinal, os reflexos que cuidam desta tarefa ainda não estão bem desenvolvidos. Porém, passado este tempo, é bom procurar um oftalmologista.

Doenças que causam paralisia no cérebro também podem causar a condição. Isto porque, os músculos que controlam o movimento dos olhos podem ser afetados. Síndrome de Down, hidrocefalia e tumores no crânio são exemplos. O estrabismo afetado pode ocorrer em apenas um olhou ou nos dois.

As pessoas que sofrem de estrabismo são vítimas de diversas perdas. Profissionais, econômicas e sociais. A vesguice pode atrapalhar com relacionamentos, empregos e amizades. O bullying com pessoas estrábicas é mais comum na infância e adolescência, mas pode se estender por toda a vida.

Tipos

Pode não parecer, mas existem maneiras diferentes de vesguice. Mais precisamente seis tipos:

• Convergente ou esotropia: quando o olho afetado é voltado para o nariz;
• Divergente ou exotropia: quando o olho afetado é voltado para a orelha;
• Vertical ou hipertropia: quando o olho afetado é voltado para cima ou para baixo;
• Alternante ou intermitente: quando o estrabismo reveza de um olho para o outro;
• Latente: tipo bastante difícil de ser identificado, uma vez que pode ser confundido com outros problemas. Os sintomas não são os mesmos das outras formas de estrabismo;
• Pseudoestrabismo: ordens dadas, pelo corpo ou pelo cérebro, que podem causar a sensação de estrabismo.

Causas

Além de doenças que afetam o funcionamento do cérebro, há várias outras que podem causar o estrabismo. Entre elas podemos citar:

• AVC;
• Diabetes;
• Catarata congênita;
• Hipermetropia;
• Alterações na tireóide;
• Fatores genéticos;
• Traumas cranianos e faciais;
• Meningite;

Sintomas

Em casos em que crianças ou adultos sofrem traumas cranianos, este é um dos primeiros sintomas. Torcicolo e dores de cabeça também são sinais de que pode existir algo errado com os olhos.

Em crianças, quando a doença ocorre, o cuidado deve ser redobrado. A visão duplicada não é percebida, porque o cérebro faz o descarte da imagem do olho estrábico. O problema é que esta atitude de defesa do cérebro pode levar a uma perda de visão temporária ou permanente.

Diagnóstico

Existem exames oculares que são indicados para identificar o estrabismo. Quanto mais confiável for o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso do tratamento. São estes:

• Exame de fundo do olho: projeção de um feixe de luz na retina. O reflexo do feixe ajuda a identificar a estrutura interna e dar um resultado mais preciso;
• Acuidade visual: este é um exame utilizado na detecção de hipermetropia. O resultado é medido através do reflexo vermelho de um feixe de luz na superfície da retina;
• Teste de oclusão: usado para identificar miopia. O exame força um dos olhos a focar no objeto. Assim, fica mais fácil saber qual dos olhos está desalinhado.

Tratamento

As formas de tratar o estrabismo são diversas. Desde o uso de tampões oculares, durante um período de 3 a 6 horas diárias, até exercícios oculares. O uso de óculos também é bastante comum para estrábicos. Em casos mais graves, há a opção da cirurgia. O procedimento é simples e rápido, e o paciente recebe alta no mesmo dia. O youtuber PC Siqueira, em 2016, optou por esta solução. A aplicação de botox na musculatura dos olhos é uma solução menos agressiva. Pode ser usada separadamente ou no pós-operatório.

O estrabismo afeta a autoestima e a saúde dos olhos. Conviver com ele pode ser difícil, mas trata-lo não. As pessoas que possuem a doença não devem ou merecem ser discriminadas por isto. É preciso enxergar o outro como igual, sendo estrábico ou não.